segunda-feira, 7 de setembro de 2009

COMÊNIO

SOBRE JOÃO AMOS COMÊNIO (1592-1670) "PAI DA DIDÁTICA"
INTERESSANTÍSSIMO VER QUE ALGUÉM EM TEMPOS TÃO DISTANTES, ANTIGOS, TIVESSE UMA VISÃO TÃO ATUAL DE COMO DEVE SER UMA AULA PARA QUE HAJA REAL APRENDIZADO. UMA PESSOA QUE JÁ VIA A IMPORTÂNCIA DA VALORIZAÇÃO DO ALUNO, DE SUAS VIVÊNCIAS, EXPERIÊNCIAS E CAPACIDADES. QUE SENTIA A NECESSIDADE DE ENVOLVIMENTO EMOCIONAL PARA UM BOM DESENVOLVIMENTO. QUE AFIRMAVA A IMPORTÂNCIA DO VIVENCIAR PARA APRENDER E NÃO SOMENTE A MEMORIZAÇÃO DA FALA DE OUTRO.
A CRIAÇÃO DE UM LIVRO DIDÁTICO PARA AUXÍLIO NAS AULAS, COMO APOIO. A IMPORTÂNCIA DADA AO RESPEITO PELO OUTRO, PELAS SUAS CAPACIDADES, NECESSIDADES E INTERESSES.

Um comentário:

Catia Zílio disse...

Olá Sheila!
Tenho percebido um maior investimento no aprofundamento das tuas postagens. Ainda de forma suscinta tens buscado aprofundar teus registros e reflexões, por isto sugiro que dê continuidade a este exercício buscando qualificá-lo cada dia mais.
Quanto ao assunto abordado aqui, as diversas postagens que já li sobre Comênio também fazem esta relação sobre o tempo transcorrido e a atualidade destas ideias, por isto penso que seria interessante percorrer os registros das colegas para trocar e dialogar com elas.

Considerando que Bakhtin propôs que somos impregnados pelos discursos que atecedem ao nosso, quero problematizar um elemento deste teu registro com os resquícios do que conversamos na aula que tive segunda: ao falar da Educação de Jovens e Adultos a partir das ideias de Freire a profª relatou que ele era contrário ao uso das cartilhas, pois:

"nega a mera repetição alienada e alienante de frases, palavras e sílabas, ao propor aos alfabetizandos “ler o mundo” e “ler a palavra”, leituras, aliás, como enfatiza Freire, indissociáveis. Daí ter vindo
se posicionando contra as cartilhas."
(p.40)

Porém o que mais me chamou atenção foi o fato do grupo ao qual Freire pertencia ter se elaborado uma cartilha a partir do seu método de alfabetização a qual ele também posicionou-se contrariamente.

"Freire opôs-se, firmemente, ao ensino de mensagens prontas aos analfabetos. Mensagens prontas produziriam sempre “efeitos domesticadores”, quer vindo da direita, quer vindo da esquerda. Ambos os lados demandariam
aceitação acrítica de doutrinas e a manipulação teria início.
Em 1961, evitar manipulação para Freire significava duas coisas:
1.º As convicções e opiniões, isto é, o currículo deve originar-se diretamente do povo e deve ser elaborado por ele; e ainda
2.º as convicções e opiniões não devem contradizer a fase de transição, que, segundo as análises do ISEB e da esquerda católica, o Brasil estava experimentando à época."
(p.155)

Acredito que esta proposta vai de encontro, choca-se com a proposta de "criação de um livro didático" e você o que pensa a respeito? Que tal aprofundar este registro com tu reflexão e registro de teus posicionamento?
ABraços, Cátia

Referência: GADOTTI, Moacir (Org)
PAULO FREIRE - Uma biobibliografia.
Disponível em: http://pjmp.mahost.org/subsidios_arquivosPJMP/pf_biobibliografia.pdf